Entre os dias 21 a 23 de setembro do corrente, foi realizada a VII Conferência Estadual de Saúde.
O evento ocorreu como programado, oportunidade em que se tentou discutir propostas para o futuro da Saúde em Goiás e, ao final, sintetizar a cimeira - ou seria um colóquio - num Relatório Final.
Não pude acompanhar todos os dias, pois na sexta-feira foi necessário ir à Brasília, a serviço da Pasta. Todavia, do que vi, só concluí duas coisas: falta maturidade da dita sociedade civil organizada e os interesses de determinados grupos acabam conduzindo todo o processo de discussão.
A imaturidade foi exposta nas críticas feitas ao Secretário de Estado de Saúde, por não se fazer presente pessoalmente, mas por meio de um representante. Ora, como é difícil ser gestor neste País! Se ele vai aos eventos, à boca miúda propalam que a autoridade quer controlar o evento e transformá-lo em um encontro "chapa branca".
Não comparecendo ao local, é criticado, depreciado e, à revelia, julgado e condenado a sentença de ostestar o título de desleixado, de senhor que pouco se importa com os conferencistas, dentre tantos outros que ouvi nas acalouradas manifestações daqueles que falavam ao microfone.
Infelizmente, por momentos como o narrado, é que observo que a sociedade civil organizada é o oposto do complemento nominal existente no termo, é totalmente desorganizada, sem rumo, ou melhor, sem eira nem beira, que não sabe aproveitar o momento em que pode, de forma coerente e sensata, ainda que sem qualquer expertise no assunto, apresentar sua visão do que seja o melhor cenário para o futuro da Saúde Pública de Goiás.
Quanto aos interesses de determinados grupos, nunca vi o patrimonialismo tão vivo como naquele dia 22 de setembro. A regra foi clara: primeiro vamos definir a diminuição do tempo de serviço e o aumento do valor da aponsentadoria. Sobre a Saúde, ora isso fica para a VIII Conferência!