domingo, 29 de julho de 2012

Ano novo!

Se os registros cartorários não estiverem errados, há 37 anos dei minha primeira inspirada de ar, o que me abriu uma janela no mundo do Direito e depois o Direito me abriria outra para o mundo.

No dia 29 de julho de 1975 tormei-me um sujeito de direitos e obrigações, pois foi verificado o nascimento com vida, nos termos do art. 4º, do então Código Civil de 1916 (atual art. 2º):

Art. 4º. A personalidade civil do homem começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro.

 Na manhã seguinte foi lavrada minha certidão de nascimento, devidamente desacompanhada da Declaração de Nacido Vivo - DN, que não existia na época. Não sei como era a práxis para a lavratura do assento, mas sei que no termo ainda era anotado coisas como cor, se filho natural ou legítimo, etc. - uma mistura de identificação civil com status filial, coisas que perderam o sentido pós CF/1988.

Daí para frente muita água se passou por debaixo da ponte. O mundo evolui em muitos aspectos e degenerou em outros. Também evolui em muitos aspectos, acho que degenerei em outros, mas se for colocado evolução e degeneração em colunas, na forma de apuração de crédito e débito, sendo a primeira considerada positiva, o saldo final ainda é positivo. Que bom!


Já passei pela maioridade civil, aos 21 anos - na época vigia o código de 1916 - e pela maioridade plena, aos 35 - conceito que só quem fez Direito ou pelo menos conheça bem as letras jurídicas sabe o que. Agora, sinto que já estou apto a novos desafios e responsabilidades. 

A maioria das pessoas trabalham apenas com o calendário civil. Como não sou a maioria e adoro estar na contramão, tenho dois calendário, o civil e o pessoal. Hoje começa meu ano novo pessoal e com eles muitos novos planos, prosseguimento em outros e planejamentos de mais outros tantos. Enfim, ontem foi dia de balanço para avaliação e correção de rumos e metas.

Se muitos, que me acompanham de perto, já notaram uma substancial mudança na minha vida nos últimos dois anos, certamente vão ficar mais impressionados com os próximos dois, pelos menos dentro do meu planejamento, se mantidas as condições atuais - especialmente, de temperatura, velocidade e pressão. Imagino, então, daqui 20 anos, ou melhor, daqui 4 lustros!

Seja bem vindo o 37º ano de vida!